O mercado imobiliário de luxo se depara com desafios e oportunidades inéditas, impulsionados pela evolução tecnológica e mudanças nas preferências do consumidor. Nesse cenário, adaptabilidade, tecnologia e personalização aparecem como pilares essenciais, influenciando desde o mercado geral até os segmentos mais exclusivos, como o imobiliário de alto padrão e luxo.

1. Tecnologia como facilitador universal

O avanço exponencial da tecnologia tem transformado a dinâmica das transações imobiliárias. Em 2024, prevê-se um salto na automação residencial com a implementação de soluções baseadas em Internet das Coisas (IoT) e controle por voz. Os dispositivos IoT, que se referem a objetos físicos conectados à internet para coleta e troca de dados, estão no cerne dessa evolução. Equipados com sensores, software e tecnologia de rede, esses artefatos possibilitam interações entre si e com o ambiente.

No âmbito da automação residencial, é comum encontrar termostatos, câmeras de segurança, fechaduras inteligentes, eletrodomésticos conectados, iluminação automatizada, entre outros recursos. A integração desses elementos viabiliza o controle centralizado e remoto, garantindo maior eficiência, segurança e comodidade aos usuários.

Já o controle por voz refere-se à habilidade de interagir com eletrônicos e sistemas por meio de comandos verbais. Essa funcionalidade é possível graças a assistentes de voz, como a Siri da Apple, o Google Assistant e a Alexa da Amazon, que são integrados aos dispositivos IoT.

Por meio dos comandos de voz, é possível que os indivíduos controlem funções como ajustar a temperatura, reproduzir música, acionar mecanismos de segurança e executar diversas tarefas, proporcionando uma experiência de automação mais intuitiva e hands-free.

2. Flexibilidade de espaços para diversas necessidades

Espera-se que a adaptabilidade dos imóveis de alto luxo para atender às necessidades dos moradores seja uma forte prioridade. Para isso, será preciso ter um olhar atento e voltado para as demandas de cada usuário.

Uma boa pedida para este mercado são os imóveis que seguem a filosofia do espaço máximo em estruturas pequenas, que são comumente ligados ao minimalismo. Esse estilo visa simplificar o local, eliminando elementos desnecessários e focando na funcionalidade. Móveis multifuncionais, como sofás que se convertem em camas ou mesas dobráveis, são comuns nesse contexto, gerando flexibilidade e versatilidade.

Desse modo, a adaptabilidade é a chave para o sucesso dessas estruturas. Os espaços são projetados para serem multifuncionais, podendo servir como área de trabalho durante o dia, espaço de entretenimento à noite e, quando necessário, se transformar em áreas de descanso.

3. Home office integrado

O home office tornou-se uma realidade cada vez mais presente no cenário profissional, moldando a maneira como as residências são projetadas. A integração de locais de trabalho em residências, sobretudo no alto padrão e luxo, reflete o reconhecimento da importância de se ter aconchego e tranquilidade para realizar o trabalho remoto. Várias profissões podem se beneficiar significativamente dessa tendência, viabilizando uma transição suave entre a vida profissional e pessoal.

4. Ambientes saudáveis e sustentáveis

A crescente importância do ESG tem remodelado a abordagem no mercado imobiliário. A preocupação com ambientes saudáveis e sustentáveis, antes vista como exclusiva do mercado de luxo, agora ganha novos contornos, espalhando-se por todos os nichos do setor.

Propriedades acessíveis começam a incorporar recursos que ultrapassam o conforto pessoal, incluindo sistemas de filtragem de ar de última geração e práticas construtivas sustentáveis.

Assim, o mercado imobiliário  se posiciona como um agente de transformação, não apenas atendendo aos desejos individuais, mas também adotando a responsabilidade coletiva de promover locais saudáveis e sustentáveis para todos.

FONTE: Exame

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